
Foto JPC
Se por um lado a apuração de hoje deve ser bem mais ágil, já que estarão em disputa somente os cargos de presidente da República e de governador em oito Estados e no Distrito Federal, por outro haverá uma diferença maior de fuso horário. No primeiro turno não estava em vigor o horário de verão. Agora, sim.
Com isso, a eleição em Estados como Acre só terminará às 19 horas no horário de Brasília. Apenas depois de concluída a votação em todo o País é que o TSE pode começar a divulgar resultados. No primeiro turno, a divulgação das primeiras porcentagens da apuração dos votos ocorreu às 18 horas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Do Bem Paraná
Estão incluídos nos dados apenas as seções que já podem ter encerrado seus trabalhos e foram desconsideradas aquelas nas quais a votação ainda está em andamento
Pelo menos 15,4 mil eleitores que vivem em outros países já haviam votado por volta das 8 horas de hoje, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Estão incluídos nos dados apenas as seções que já podem ter encerrado seus trabalhos e foram desconsideradas aquelas nas quais a votação ainda está em andamento.
O processo de votação começou às 17 horas (horário de Brasília) de ontem, com os eleitores brasileiros que moram em Wellington, na Nova Zelândia. Em seguida, votaram os eleitores que vivem na Austrália, no Japão e na China. Os últimos a votar serão os brasileiros que residem em São Francisco, nos Estados Unidos. Lá a votação começa às 13 horas (horário de Brasília) de hoje.
Os mais de 200 mil eleitores cadastrados pela Justiça Eleitoral no exterior – divididos em 154 municípios de todo o mundo – votarão nos cargos de presidente e vice-presidente da República. A votação ocorre das 8 às 17 horas, no horário local. O maior colégio eleitoral brasileiro no exterior fica nos Estados Unidos, onde há mais de 66 mil eleitores cadastrados em dez cidades. As maiores concentrações estão em Nova York (21.076) e Boston (12.330).
Outro país com um número significativo de eleitores é Portugal: a capital, Lisboa, registra mais de 12 mil brasileiros aptos a votar; em Porto, são cerca de 10 mil. Na Itália, apenas a cidade de Milão contabiliza mais de 11 mil eleitores. Os últimos países a encerrar a votação, também em relação ao horário de Brasília, são Canadá (Vancouver) e Estados Unidos (Los Angeles e São Francisco), às 22 horas de hoje.
Quem reside fora do país está sujeito a penalidades impostas pela lei brasileira, caso não vote ou justifique a ausência. Uma delas – e que pode complicar muito a vida de quem mora fora do Brasil – é a impossibilidade de renovação do passaporte, enquanto a situação junto à Justiça Eleitoral não for regularizada.
Sem nenhum incidente, 278 brasileiros compareceram às três urnas instaladas na China para votar no segundo turno presidencial.
O tucano José Serra venceu com folga: 215 votos, contra apenas 49 para a petista Dilma Rousseff. Fecham a conta 14 votos brancos e anulados. Em porcentagem, a vitória tucana foi de 81,4%, contra 18,6% para a candidata governista.
“Só não votei na bruxa”, brincou a cozinheira paulista Elisabeth dos Santos, 61, a última a votar em Pequim, em alusão à festa de Halloween.
Por causa do fuso horário, a votação na China terminou antes de a votação começar no Brasil: 17h em Pequim, 7h em Brasília.
A votação teve uma abstenção alta. Apenas 55,1% dos 504 eleitores inscritos na China saíram de casa para votar.
O maior “colégio eleitoral” fica em Xangai, com 330 eleitores inscritos, seguido por Pequim (131) e Dongguan (37).
O governador eleito, Beto Richa, afirmou ontem em Campo Mourão, que vai se dedicar à formação do secretariado e do restante da equipe de governo a partir de novembro, após o segundo turno das eleições presidenciais. “Até domingo, estou dedicado completamente à eleição de José Serra, depois pensarei no secretariado”, afirmou Richa. “Mas tenho consciência de que o sucesso do governo passa pela escolha de um grande secretariado. Ninguém faz nada sozinho”, disse Richa, para um público de cerca de 1.500 lideranças regionais reunidas no clube 10 de Outubro.
Richa lembrou que os secretários de Estado terão de assinar um Contrato de Gestão, com metas claras para todas as áreas do governo. “Teremos o profissionalismo da gestão, tão desejado e que pode produzir resultados concretos em benefício de todos os paranaenses”, disse Richa.
Uma das primeiras ações de Traiano será negociar com a atual bancada governista o cancelamento da votação de um pacote de projetos que preocupam o governador eleito e sua equipe de transição por, supostamente, gerarem encargos financeiros para a próxima administração.
Entre as matérias já incluídas na lista negra do próximo governo é a mensagem do governador Orlando Pessuti (PMDB), que regulamenta a Defensoria Pública do Paraná.
Traiano disse que a mensagem prevê a criação de cerca de trezentos cargos, além da abertura de concurso público para as funções de defensor público. “Tem que haver o tempo necessário para implantar. Esse é um projeto que deve ser bem avaliado pela equipe financeira”, afirmou o líder da bancada tucana. Ele prometeu apresentar uma relação completa das matérias cuja votação está vetada pela equipe de transição este ano.
Como a oposição, atualmente, é minoria em plenário, Traiano terá que convencer a bancada do governo a desistir dos projetos. Como aliados, o tucano conta com o presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Durval Amaral (DEM).
Orçamento
A equipe de transição também já está trabalhando nas mudanças que o governador eleito pretende incorporar ao projeto de orçamento de 2011 que já está tramitando na Assembleia Legislativa.
Uma das alterações que Beto já decidiu que fará é quanto ao orçamento para Saúde. Segundo Traiano, o governador eleito pretende garantir 12% cheios para a área, ou seja, sem considerar as despesas para saneamento e assistência médica para servidores. Estes gastos sempre foram computados como despesas em saúde pelo atual e por todos os governos anteriores.
A bancada de oposição, que no próximo governo será a bancada de sustentação, sempre questionou a fórmula de cálculo do atual governo, alegando que estes investimentos não poderiam ser considerados dentro dos 12% previstos para a área.
Os aumentos no orçamento do Judiciário, as reestruturações de carreiras na Polícia Militar e Receita Estadual, aprovados este ano, irão sobrecarregar o caixa do próximo ano, afirmou Traiano.
“Em função de tudo isso é que temos de ter todos os cuidados possíveis em relação ao orçamento do ano que vem e de todos estes projetos que estão aí”, disse o futuro líder do governo Beto Richa.
Quem é o líder
Traiano está no sexto mandato na Assembleia Legislativa. Antes, foi vereador e prefeito de Santo Antônio do Sudoeste. Formalmente, assumirá as funções de líder do governo no dia 1º de fevereiro de 2011, quando começará a próxima legislatura.
Beto Richa participou neste domingo de uma caminhada e de um comício na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao lado de José Serra, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Índio da Costa e Itamar Franco. O ato de campanha do candidato à Presidência pelo PSDB reuniu milhares de pessoas no tradicional ponto turístico do Rio. “Chega de escândalos. Fica até difícil recapitular, são três ou quatro por semana”, disse Serra, durante o discurso. Ele defendeu “um governo que tenha caráter, que se traduza na verdade e na honestidade”.
Richa está “de corpo e alma” na campanha de José Serra. Em menos de uma semana, acompanhou o candidato a presidente de seu partido em três grandes cidades do Paraná: Londrina, Maringá e Ponta Grossa. No sábado, liderou uma carreata de 500 carros pelas ruas da CIC, da Fazendinha e do Portão.
“O grande diferencial do Serra são suas realizações”, afirmou Richa. “Serra tem experiência comprovada como administrador. Um homem que já administrou o segundo e o terceiro maiores orçamentos do país, os do governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo, que fez uma revolução na Saúde como ministro, saberá enfrentar os grandes desafios do Brasil.”
Está prevista a participação de Richa em atos de campanha de Serra em outros estados.
Malu Delgado no Estadão com. br
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, negou neste sábado, 23, que tenha tido qualquer tipo de conversa com o secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay sobre a produção de dossiês. “Nego terminantemente esse tipo de conversa na véspera da eleição. Gostaria muito que houvesse da parte de quem acusou a comprovação e a prova de que eu fiz isso”, declarou. A revista ‘Veja’ desta semana apresenta a transcrição de diálogos entre Abramovay e seu antecessor no cargo, Romeu Tuma Jr., em que o primeiro reclama da pressão de Dilma e do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, para produzir dossiês.
Segundo a candidata, “é muito fácil criar acusações contra pessoas sem nenhuma prova.” Sem citar nominalmente adversários, a petista afirmou que “é grave utilizar desses métodos na reta final da campanha.”
Quando questionada sobre o fato de o ex-secretário Romeu Tuma Jr. ter confirmado que Abramovay era pressionado pelo núcleo da campanha petista, Dilma Rousseff fez insinuações sobre as motivações pessoais do secretário exonerado. “As pessoas que fazem esse tipo de coisa devem ter razões pessoais para fazer, porque ninguém explica como é que uma pessoa grave uma conversa com uma outra nessas circunstâncias. Não me coloquem no meio de práticas que não tenho.”
A candidata do PT reiterou que não há vínculos entre a sua campanha e a produção de dossiês pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. Ela voltou a mencionar que o material do jornalista teria sido produzido a partir de “um confronto dentro da campanha dos tucanos”. “Querer transportar para mim essa responsabilidade é muito sério”, disse.
Candidata do PT elogiou a grande refinaria da Petrobras que "existe" em Pinhais, embora a instalação fique na cidade de Araucária.
O Twitter (rede mundial de microblogs) não teve o impacto esperado e imaginado nas eleições do Brasil, como teve no pleito eleitoral dos Estados Unidos que elegeu o presidente Barack Obama. Mas se não foi um espaço para a discussão de propostas e debate de idéias, o site serviu para que os candidatos desabafassem, atacassem seus adversários e, vez ou outra, produzissem algumas gafes.
A mais recente aconteceu nesta quinta-feira (21), em Curitiba, quando a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, confundiu a cidade de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, com Pinhais, outra cidade vizinha à capital paranaense.
Após passar boa parte do dia no Paraná (fez caminhada e carreata por Curitiba, Pinhais e Piraquara), ela comentou em seu Twitter:
“Em Pinhais, grande Curitiba, tem uma das maiores unidades da Petrobras. Desenvolvimento, confiança e trabalho - esse é o ar que se respira ali”.
O problema é que a refinaria citada pela petista não fica em Pinhais, mas sim em Araucária. Lá esta instalada e em operação desde 1976 a refinaria Getúlio Vargas, que refina e produz gasolina, querosene de aviação, óleo diesel, GLP, nafta e outros derivados do petróleo, exportando-os para outros países e diversos estados do Brasil.
Gafe do Serra
O candidato tucano José Serra também teve o “seu momento” do Twitter. Durante o primeiro turno ele escreveu pedindo votos convocando “os nordestinos que vivem em São Paulo” a “enviarem cartas aos parentes do nordeste contando do seu governo”. A resposta irônica da maioria foi imediata. “Além de cartas, os nordestinos de São Paulo podem mandar e-mails para os seus parentes do nordeste pedindo voto” e “Eles podem usar o twitter também” foram algumas das respostas.
Marina também esta na "lista"
Mas gafe no Twitter não é privilégio de Dilma. A candidata Marina Silva, que é evangélica, quando soube da morte do escritor português José Saramago, “tuítou”: “Morre José Saramago. O mundo perde um grande escritor e os países da língua portuguesa, o nosso primeiro prêmio Nobel”.
Alguns de seus seguidores começaram a enviar mensagens criticando a candidata, dizendo que ela não poderia exaltar alguém que blasfemou e criticou Deus durante toda sua vida. Ela, talvez sem saber como utilizar os recursos do site, começou a reenviar essas mensagens e a tentar respondê-las, mas isso só gerou ainda mais confusão. A assessoria da candidata entrou em ação então e encerrou a polêmica colocando um texto no blog da candidata tentando explicar a confusão, mas que no final não convenceu.
Segundo a legislação eleitoral, Ricardo Barros poderá sim, se candidatar a prefeito de Maringá em 2012, desde que o irmão renuncie ao cargo seis meses antes do pleito.
Relator do projeto de orçamento para o próximo ano, o deputado Nereu Moura (PMDB), disse que a margem de investimentos para o governador eleito, Beto Richa (PSDB), será apertada.
O projeto de orçamento paranaense para 2011 prevê um crescimento de 7,15% nas receitas totais, que devem alcançar R$ 26 bilhões, informou Nereu Moura, que abriu prazo, a partir de hoje, para receber as propostas de emendas dos deputados ao texto encaminhado pelo governo.
“Se cobrir o pescoço, descobre o pé. E se cobrir os pés, descobre o pescoço e até o peito”, comparou o peemedebista. Ele teve anteontem uma reunião com o governador Orlando Pessuti (PMDB) para conhecer os números das despesas e receitas do estado para fechar as contas deste ano, o último da administração peemedebista. “O estado está vivo. As despesas vão acontecendo e aumentando”, explicou o deputado.
Moura comentou que Beto Richa poderá ter dificuldades para cumprir as promessas de investimentos feitas durante a campanha eleitoral. “Não sei como ele vai fazer porque há muitos recursos comprometidos com despesas que ele deve cumprir, como as leis que melhoraram os salários de vários setores de servidores. Vai sobrar pouco para ele dar conta das promessas, como aquela de aumentar o salário dos servidores e contratar mais cinco mil policiais”, disse.
Além da reestruturação salarial de diversas categorias de servidores, também reduzem as margens para novos investimentos e programas as elevações orçamentárias do Poder Judiciário e do Ministério Público Estadual, disse Moura. Ele comentou que o comportamento da arrecadação, que está em tendência de queda neste período, também limita a margem de ação do próximo governo estadual.
Além de ampliar a dotação do Poder Judiciário, de 9% para 9,5% da receita líquida do Estado, os deputados também incluíram na base de cálculo da receita um percentual do Fundo de Participação dos Estados (FPE), apontou o relator. Somente esta mudança deve representar uma transferência de despesas de R$ 300 milhões do Executivo para o Judiciário e MPE, comentou.
Outros gastos
O anúncio feito pelo governador eleito sobre um possível enxugamento de despesas com corte de pessoal e gastos terá que ser, necessariamente, executado, prevê Moura.
“Se ele quiser cumprir o compromisso de ter vinte e cinco a trinta alunos ao máximo por sala de aula, como ele disse que faria, terá que construir novas escolas e contratar professores. Para fazer tudo isso terá que adotar medidas enérgicas”, disse o deputado peemedebista.
"A CSN foi privatizada no governo Itamar Franco. O Serra nessa época era deputado. Eles falam que foi o Serra, mas não foi, ele não teve nada a ver com isso. Também falaram que o Serra e os governos tucanos privatizaram 31 empresas em São Paulo. Mentira também. E a Justiça reconheceu que é mentira. Aliás, o Serra, quando foi governador, não privatizou nenhuma empresa. Repito: nenhuma", afirmou a atriz. "Por que ficar inventando? Se falasse a verdade, a campanha da Dilma evitava ser punida pela Justiça e passar esse carão", disse.
O programa de Serra também explorou o episódio da caminhada no Rio de Janeiro realizada ontem, durante a qual foi atingido na cabeça por um objeto lançado por militantes do PT, e comparou o ato à agressão que Mário Covas recebeu de professores durante uma greve, em Diadema, em 2000. "Os brasileiros lutaram muito para reconquistar a democracia. O regime que é o da liberdade e da tolerância. Por isso, é inaceitável o que aconteceu nesta quarta-feira no Rio. Serra estava andando no calçadão de Campo Grande, uma caminhada pacífica e calorosa", afirmou uma atriz.
Cenas em que Covas foi agredido com uma bandeirada na cabeça apareceram logo depois das imagens de Serra. "Fui cassado para garantir o direito de vocês falarem. Não o direito de me dar paulada na cabeça", disse Covas, na época. "Essa é a democracia que você quer para o Brasil?", questionou a atriz.
Serra, por sua vez, voltou a criticar Dilma de forma indireta e sugeriu que a candidata está envolvida em escândalos e que muda de opinião sobre assuntos polêmicos a todo momento. "Essa pode ser a eleição dos valores mais profundos e mais importantes para os brasileiros. Uma eleição onde prevaleça o dever de falar a verdade. O povo está exigindo e vai exigir cada vez mais que os candidatos sejam verdadeiros. Que assumam suas posições e opiniões sem enrolar, e sem mudar ao sabor dos ventos", afirmou.
"Essa também pode ser a eleição da honestidade, da valorização de quem nunca esteve metido em escândalos, e pode ser também a eleição da coerência e identificação com as crenças do povo brasileiro." Durante o programa, foram exibidos depoimentos favoráveis a Serra de Ilzamar Mendes, viúva de Chico Mendes, do governador eleito de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), do pastor Silas Malafaia e do senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB).
Privatização
O programa de Dilma continuou a relacionar Serra às privatizações promovidas pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como as da Vale, da Telebrás e da Light. "Juntos, eles venderam dezenas de empresas brasileiras e agora estão querendo voltar ao poder já pensando em privatizar mais uma riqueza do Brasil: o pré-sal", afirmou um locutor.
Uma atriz foi escalada para fazer críticas a Serra, que tem dito que irá manter os programas sociais do governo Luiz Inácio Lula da Silva se for eleito. "Estranho ele dizer isso. Afinal, sempre que assume um cargo Serra interrompe o que estava em andamento. Interrompeu programas de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo e, no governo, cortou pela metade até programas de Alckmin, como as escolas de tempo integral e as escolas da família. E olha que Alckmin é de seu próprio partido, o PSDB. Agora, imagine o que ele não seria capaz de fazer com os programas do Lula?"
Cenas do ato realizado em apoio a Dilma no Rio, com a presença de mais de mil artistas e intelectuais, foi explorado no programa. Foram exibidos depoimentos de Chico Buarque, Ziraldo, Leonardo Boff, Alcione, Luiz Carlos Barreto, Beth Carvalho, Osmar Prado, Alceu Valença, Margareth Menezes, Otto e Fernando Morais.
Trechos do discurso de Dilma no ato também foram exibidos. "Manter o modelo anterior é privatizar o pré-sal. É dar o pré-sal, a maior riqueza de petróleo descoberta nos últimos anos, de mão beijada para empresas privadas internacionais", afirmou a candidata, que disse que a Petrobras também correria risco de ser privatizada em um governo tucano.
Dilma destacou também o Estatuto da Igualdade Social, que entrou em vigor no País ontem. "É uma grande conquista não só para os movimentos negros, mas para toda a população, e mais um avanço para o Brasil, país belo e mestiço. Enquanto a intolerância e a discriminação crescem em várias partes do mundo, o Brasil se afirma cada vez mais como um país em que não há ódios sociais, culturais, religiosos e étnicos", disse Dilma.
"O Estatuto representa uma vitória da tolerância, da luta contra as desigualdades e um respeito pela diversidade." Um depoimento em que o presidente Lula pede voto em Dilma voltou a ser exibido.
Um dia depois de o presidenciável José Serra (PSDB) ser agredido por petistas no Rio, a candidata Dilma Rousseff (PT) enfrentou clima de hostilidade em Curitiba, onde o tucano venceu no primeiro turno.
Em visita à capital paranaense nesta quinta-feira, ela ouviu vaias e quase foi atingida por um balão de água arremessado do alto de um edifício enquanto desfilava em carro aberto na rua XV de Novembro, que é fechada para uso exclusivo de pedestres.
O balão estourou no capô do veículo e assustou Dilma, que acenava para o público ao lado dos senadores eleitos Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT).
Depois do susto, a presidenciável discursou rapidamente e cometeu uma gafe ao chamar o Paraná de Pará. Ela se corrigiu na sequência, ao ouvir as primeiras vaias.
Dilma recebeu um manifesto de apoio de professores da Universidade Federal do Paraná e prometeu, se eleita, ampliar os investimentos na rede pública de ensino superior.
No início da tarde, ela participou de carreata em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e embarcou para o Rio Grande do Sul sem dar entrevista. A candidata ainda faz campanha nesta quinta-feira em Porto Alegre e Caxias do Sul.
Acompanhado do governador eleito Beto Richa, o candidato do PSDB a presidente, José Serra, se reuniu nesta quinta-feira (21), em Maringá, com cerca de 800 pessoas na sede da Cocamar, logo depois de participar de uma carreata pela cidade. Oitenta prefeitos, de várias regiões do Estado, estiveram com Serra.
Durante a reunião na Cocamar, Serra defendeu o fortalecimento do cooperativismo no País e citou o “belo exemplo do Paraná” como modelo para o setor. “O governo precisa facilitar o desenvolvimento do cooperativismo. Trazer paz no campo e garantir infraestrutura”, disse José Serra. Para o candidato tucano, o fomento do cooperativismo “fortalece o agricultor e facilita a comercialização da produção”, além de assegurar mais condições de trabalho ao pequeno e médio produtor.
Depois da reunião, Serra deu entrevista à imprensa e abordou os seguintes temas:
Infraestrutura
“Para ter mais empregos, (o País) precisa de mais infraestrutura: portos, aeroportos, estradas, armazéns. O porto de Paranaguá precisa ser descongestionado. Uma das prioridades será a recuperação dos portos. O Brasil é um dos piores países do mundo na questão portuária”.
Ataques do PT
“É a maior campanha de mentiras que já vi na minha vida. (os petistas) são os profissionais da mentira, os profissionais da violência, com cercos, agressões e intimidação”.
“Atacaram minha família, minha mulher, minha filha, meu genro. Daqui a pouco vão atacar meus netos. Nunca vi tanta baixaria, tantos ataques à família de candidatos”.
Sobre o incidente no Rio, em que Serra foi agredido
“Não são militantes tradicionais (os agressores petistas). É gente preparada para intimidar. Agridem com violência. Nós somos contra tratar o adversário como inimigo a ser destruído”. Atribuiu a agressividade petista à “atitude do presidente da República, de se jogar de corpo e alma no processo eleitoral, em vez de governar”.
Sobre as pesquisas eleitorais
“Os institutos de pesquisa passaram um vexame no primeiro turno. Aqui no Paraná foi um dos casos mais dramáticos. Houve diferenças incríveis. O Ibope falhou até na pesquisa de boca-de-urna. A última pesquisa (do Ibope, sobre a eleição presidencial) vazou num blog. É muito esquisito. E não há registro dos questionários, como a Justiça exige. Às vezes há problemas metodológicos e às vezes (as pesquisas) são alugadas, como é o caso do Vox Populi”.
Reunião com a Ocepar
Antes de falar aos jornalistas, José Serra esteve reunido com o presidente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), João Paulo Koslovski, e dirigentes cooperativistas do Estado, que lhe expuseram um diagnóstico e as reivindicações do setor.
Serra comprometeu-se a estudar a questão do sistema cooperativo de crédito e ampliar os recursos para o segmento, incluindo dinheiro do FAT e do BNDES. Também discutiram a garantia de preço mínimo do agricultor.
O senador Osmar Dias, do PDT, que disputou o governo do estado com o governador eleito Beto Richa, do PSDB, disse há pouco em entrevista à Banda B que não há outra possibilidade para o partido na Assembleia que não seja uma postura de oposição.
A reação veio depois que alguns deputados deputados, eleitos ou reeleitos, admitiram não ver motivos para fazer oposição ao novo governo. O PDT elegeu quatro deputados estaduais.
Para Dias, a população não aceitaria essa “mudança de lado”. “A postura do PDT na Assembleia já foi definida pelos eleitores. Tivemos mais de 45% dos votos de pessoas que acreditaram no projeto que o PDT apresentou, diferente do projeto do PSDB. Eu acredito que os deputados defenderam o nosso projeto durante a campanha e, por isso, não pode acontecer uma mudança tão rápida. Até porque a oposição é muito importante na Assembleia, para exigir que as promessas feitas pelo outro candidato sejam cumpridas.
Vários compromissos foram assumidos na campanha, por exemplo a promessa de dar R$ 50,00 para cada família do Bolsa Família; ou então o aumento prometido aos professores de 26%. Quem é vai cobrar tudo isso senão o PDT?”, questionou Dias.
Infiéis
Sobre a declaração do presidente em exercício do PDT, Augustinho Zucchi, de que não pode ser ingrato já que Beto Richa levantou, lá atrás, a possibilidade dele ser o seu vice na chapa, o senador disse que não haverá racha no partido.
“Não haverá racha dentro do PDT. Os deputados vão refletir sobre a postura do partido e ver que devem cobrar todos os compromissos assumidos”. E quanto aos infiéis que surgirem no caminho?
“Existe uma lei que é conhecida como lei da fidelidade partidária. Todos os que quiserem seguir a orientação do partido serão consultados. Cada deputado sabe o que é ser fiel. Confio muito nos meus companheiros que me levaram a ser candidato ao governo. Não decidi ser candidato sozinho. A decisão foi tomada pelo partido, pela coligação, por muita gente. Enfrentei com integridade uma campanha dura e agora espero que a lealdade seja recíproca”, afirmou o senador à Banda B.
Dias disse ainda que não sabe quando vai reassumir a direção estadual do partido. Encerrou a entrevista dizendo: “Na democracia é assim: quem perde a eleição deve fazer o que a população detemrina; ou seja, a cobrança das promessas feita por quem se elegeu”.
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, fez críticas na tarde desta terça-feira (19) ao instituto de pesquisa Vox Populi. Nesta terça, o instituto divulgou uma sondagem em que a rival do tucano, a petista Dilma Rousseff, lidera com 51% das intenções de voto, contra 39% do ex-governador de São Paulo.
“A pesquisa do Vox Populi nós não levamos em consideração porque sabemos que é um instituto de comprovada falta de credibilidade, que maquiou os resultados durante todo o primeiro turno”, afirmou Serra.
Mais cedo, em coletiva à imprensa, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, classificou a pesquisa de “sem-vergonha”. Ele acusou o instituto de trabalhar para o governo e para o PT. “É uma ação irresponsável e leviana de uma instituição que não tem neutralidade”, afirmou.
José Serra disse ainda que, se eleito, trabalhará com todos os governos estaduais e municipais do país, independente de “partidos políticos”. “Eu não olho carteirinha partidária”, afirmou o tucano, que foi ao Rio de Janeiro e se encontrou com o deputado federal Fernando Gabeira (PV).
O verde manifestou publicamente, nesta semana, seu apoio ao candidato do PSDB. “Nessa altura da minha história política, não dá para ficar neutro nas eleições”, justificou Gabeira, que disse não temer nenhuma espécie de represália de seu partido.
A assessoria do Vox Populi disse que não havia ninguém disponível para comentar as acusações.