quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Osmar esbraveja contra deputados do PDT

Denise Mello da Banda B

O senador Osmar Dias, do PDT, que disputou o governo do estado com o governador eleito Beto Richa, do PSDB, disse há pouco em entrevista à Banda B que não há outra possibilidade para o partido na Assembleia que não seja uma postura de oposição.

A reação veio depois que alguns deputados deputados, eleitos ou reeleitos, admitiram não ver motivos para fazer oposição ao novo governo. O PDT elegeu quatro deputados estaduais.

Para Dias, a população não aceitaria essa “mudança de lado”. “A postura do PDT na Assembleia já foi definida pelos eleitores. Tivemos mais de 45% dos votos de pessoas que acreditaram no projeto que o PDT apresentou, diferente do projeto do PSDB. Eu acredito que os deputados defenderam o nosso projeto durante a campanha e, por isso, não pode acontecer uma mudança tão rápida. Até porque a oposição é muito importante na Assembleia, para exigir que as promessas feitas pelo outro candidato sejam cumpridas.

Vários compromissos foram assumidos na campanha, por exemplo a promessa de dar R$ 50,00 para cada família do Bolsa Família; ou então o aumento prometido aos professores de 26%. Quem é vai cobrar tudo isso senão o PDT?”, questionou Dias.

Infiéis

Sobre a declaração do presidente em exercício do PDT, Augustinho Zucchi, de que não pode ser ingrato já que Beto Richa levantou, lá atrás, a possibilidade dele ser o seu vice na chapa, o senador disse que não haverá racha no partido.

“Não haverá racha dentro do PDT. Os deputados vão refletir sobre a postura do partido e ver que devem cobrar todos os compromissos assumidos”. E quanto aos infiéis que surgirem no caminho?

“Existe uma lei que é conhecida como lei da fidelidade partidária. Todos os que quiserem seguir a orientação do partido serão consultados. Cada deputado sabe o que é ser fiel. Confio muito nos meus companheiros que me levaram a ser candidato ao governo. Não decidi ser candidato sozinho. A decisão foi tomada pelo partido, pela coligação, por muita gente. Enfrentei com integridade uma campanha dura e agora espero que a lealdade seja recíproca”, afirmou o senador à Banda B.

Dias disse ainda que não sabe quando vai reassumir a direção estadual do partido. Encerrou a entrevista dizendo: “Na democracia é assim: quem perde a eleição deve fazer o que a população detemrina; ou seja, a cobrança das promessas feita por quem se elegeu”.

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