
Trechos extraídos do texto do jornalista André Cintra
Na Chicago de 124 anos atrás, milhares foram às ruas e desencadearam uma greve de proporções nacionais nos primeiros dias de maio. A carga diária de trabalho era, em média, de 13 horas, no rastro da 3ª Revolução Industrial. Não havia direitos nem tampouco benefícios sequer os descansos semanais eram regulamentados. Mas a principal bandeira de lutas era mesmo a redução da jornada de trabalho para oito horas por dia.
As provocações policiais não impediram que a greve se estendesse dia após dia, chegando até a confrontos entre a classe trabalhadora e a repressão, esta a serviço dos interesses da jovem burguesia industrial. Sete manifestantes foram condenados à morte, e um oitavo, a 15 anos de prisão. Partindo de Heymarket, o brado destemido daqueles operários ecoou pelos Estados Unidos e pelo mundo. Em 20 de junho de 1889, a 2ª Internacional Socialista deliberou a convocação anual de manifestações, de 1º em 1º de maio, para reafirmar a bandeira da jornada de oito horas de trabalho diário.
Se “cada passo de movimento real vale mais do que uma dúzia de programas”, conforme ensinava Karl Marx, há poucas datas mais propícias para o hastear dessas bandeiras do que o 1º de Maio. Assim, que cá ou acolá as manifestações do Dia Internacional do Trabalhador, com ou sem festa, um pouco mais ou um pouco menos politizadas, façam jus à memória dos heróis de Heymarket."
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