quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ricardo Barros tem vocação para a vida pública, saiba mais sobre sua atuação e projetos

ENTREVISTA

Ricardo Barros (PP) é uma pessoa determinada na vida particular e na vida pública. O quarto dos cinco filhos de Bárbara e Silvio Barros foi o primeiro aluno de engenharia civil da Universidade Estadual de Maringá (UEM) a se formar em quatro anos, em um curso de cinco.

Pouco tempo depois, Ricardo encarou o desafio de se candidatar a prefeito de Maringá. Saiu com 1% das intenções de votos e venceu as eleições, tornando-se o prefeito mais jovem da história da cidade, aos 29 anos.

O trabalho à frente da prefeitura o lançou a deputado federal. Hoje, Ricardo está no quarto mandato da Câmara. Foi líder no Congresso e vice-líder na Câmara, e é reconhecido como um dos melhores parlamentares do país.

Ricardo tinha uma reeleição garantida para deputado federal, contudo a determinação o fez encarar a dura disputa para uma das vagas de Senador nessas eleições, concorrendo com Roberto Requião, Gleisi Hoffman e Gustavo Fruet. Ricardo é candidato na coligação Novo Paraná que tem Beto Richa candidato ao Governo.

Ele afirma que se preparou para a disputa. Percorreu todas as cidades do Paraná por duas vezes com o objetivo de conhecer as necessidades dos paranaenses. E em cada cidade montou grupos de apoio. “São essas pessoas que vão fazer diferença nessa reta final da campanha. Estou animado com a vitória”, disse.

Ricardo Barros, que é também presidente estadual do Partido Progressista e vice-presidente da FIEP, respondeu perguntas enviadas pelas redações dos jornais que compõem a Associação dos Jornais Diários do Paraná (ADI-PR).

- O senhor tinha uma reeleição garantida para deputado federal, por que resolveu encarar esta disputada eleição de Senador?

Eu me preparei para ser Senador do Paraná. Sei que estou preparado. Há 20 anos venho servindo à comunidade paranaense. Fui prefeito de Maringá, o mais jovem da história da cidade aos 29 anos. Realizei uma administração moderna e voltada para o futuro. Inúmeras obras que prepararam a cidade para ser o que é hoje, uma das melhores do país.
O trabalho feito em Maringá foi reconhecido nas quatro eleições seguidas de deputado federal. As pessoas que conhecem o nosso trabalho, sabem que podem confiar.
Nesses quatro mandatos fui o deputado que mais trouxe verbas federais para o Paraná. Recursos para obras em mais de 240 cidades, beneficiando milhões de paranaenses. Recentemente estive por duas vezes em todas as cidades paranaenses para conhecer de perto os sonhos da nossa gente. Fiz reuniões com a população, com líderes locais e regionais. Hoje posso dizer que sei o que a nossa gente quer, e é por isso que vou trabalhar no Senado.

- O senhor foi vice-líder do governo Lula na Câmara e agora está na oposição, acha que isso pode confundir o eleitor ?

Não acho. Eu fui nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso líder do Governo no Congresso e fui nomeado pelo presidente Lula, vice-líder na Câmara. Foram nomeações do presidente da república. Isso é o reconhecimento da minha competência e capacidade de articulação política em trabalhar por um país melhor. Nas eleições sempre estive do mesmo lado. Em 2002 fiz campanha com Beto Richa para o governo, em 2004 e 2008 apoiei Beto para a prefeitura de Curitiba. Da mesma forma que para presidente estive com Serra, Alckmin e agora com Serra. Estou no mesmo grupo político das outras eleições.

- Acha que o fato de ser o único candidato do interior entre os quatro principais ao Senado pode lhe render mais votos agora na reta final?

Não acho que seja fundamental, mas de fato sou o único do interior. Pode ajudar na medida em que o eleitor do interior entender que é importante ter no Senado alguém que conhece bem as suas necessidades. Alguém que vai olhar com mais cuidado para a sua região. Principalmente pelo fato de ter realizado a Caravana Progressista em todos os municípios. Montei estruturas nas cidades que começam a funcionar agora na reta final da campanha e que nos levarão à vitória.

- O senhor tem feito algumas propostas que algumas pessoas consideram polêmicas como a mudança do Estatuto da Criança e do Adolescente, a manutenção da ficha criminal do menor infrator. Qual o objetivo dessas mudanças ?

São propostas que estão ligadas ao fortalecimento da família. Quero ser o Senador da família paranaense. Vou legislar tornando mais difícil o aliciamento dos jovens pelos traficantes. Proponho dobrar a pena do maior que traz o menor para o crime. Quero aumentar as oportunidades mudando a Lei do Estágio e permitindo que alunos do ensino regular possam, a partir dos 14 anos, estudar meio período e trabalhar meio período. Isso vai ocupar o tempo do jovem que vai aprender um ofício, gerar renda para a família e conviver com gente de bem. A mudança no Estatuto é para recuperar a autoridade dos pais sobre os filhos e dos professores sobre os alunos. Temos que rever regras. Da forma como está, não há mais respeito. Precisamos poder passar aos nossos jovens os princípios que aprendemos com os nossos pais e avós.

- A próxima legislatura no Senado vai ser marcada por uma grande renovação. O Governo tem apostado em candidatos para fazer a maioria na casa, caso eleito qual será o seu comportamento nas votações ? Com o Governo, com a oposição ?

Antes de qualquer coisa, vou legislar em favor do Paraná e seguindo os meus princípios morais e religiosos. Quero estar lá para ajudar o nosso Estado. Autorizar empréstimos internacionais para obras de infraestrutura, agricultura e saneamento. Trabalhar em harmonia com o governador. É necessário recuperar a harmonia entre a representação do Governo e do Senado. O Paraná perdeu muito nos últimos anos, por causa de atritos entre os senadores e governadores.
No ano que vem estaremos renovando 66% do Senado, mudar a Constituição requer o apoio de 60% dos senadores. E aí faço o alerta para a necessidade do voto consciente. De votar em pessoas que estejam interessadas em ajudar, efetivamente o Estado. Isso eu posso fazer, sou um político de resultados. Trabalho para resolver as demandas que caem na minha mesa.

- Por que as escolhas dos seus suplentes ?

Foram escolhas políticas. Tenho dois suplentes dos quais me orgulho muito. Administradores públicos capazes que já demonstraram isso durante as suas carreiras. Meu primeiro suplente é José Richa Filho, filho do saudoso ex-governador José Richa, ex-secretário da administração de Curitiba e ex-diretor do DER. O outro suplente é o vereador Mario Celso Cunha de Curitiba. Mario Celso é vice-presidente da União de Vereadores do Paraná e por meio dele homenageio todos os vereadores do Paraná, aqueles que fazem política na ponta, direto com a população.

- A última pesquisa Datafolha mostrou o empate entre você e Gustavo Fruet na terceira colocação na disputa das duas vagas. Restam cerca de duas semanas, há tempo de virar o jogo e vencer o pleito ?

Sem dúvida. Historicamente as eleições de Senador no Paraná se decidem nos últimos dias. Flávio Arns há oito anos saiu de 2 %, praticamente não aparecia nos levantamentos e acabou vencendo com uma ótima votação. Na minha primeira eleição (para prefeitura de Maringá) sai com 1 % e venci. As pesquisas mostram o nosso crescimento na reta final, há ainda um grande índice de indecisos. Acredito nas minhas propostas de fortalecimento das famílias e desenvolvimento do Estado. Estou animado com a vitória.

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