
A negociação do PPS com Beto Richa inciou ontem à noite e foi sacramentada numa reunião realizada na tarde de hoje na sede do partido.
A negociação do PPS com Beto Richa inciou ontem à noite e foi sacramentada numa reunião realizada na tarde de hoje na sede do partido.
Ele tentou, articulou, correu atrás e conseguiu. O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) foi escolhido há pouco pelos caciques peemedebistas para compor como candidato à vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Osmar Dias (PDT).
A escolha do filho do presidente da Federção das Indústrias do Paraná (FIEP) é estratégica. Rocha Loures tem base eleitoral centrada em Curitiba, o mesmo reduto do adversário Beto Richa (PSDB).
“Pessuti impõe sua liderança e emplaca Rocha Loures como vice do Osmar”, comentou o ex-governador e candidato ao Senado, Roberto Requião (PMDB), agora há pouco pelo twitter.
Os deputados federais Gustavo Fruet (PSDB) e Ricardo Barros (PP) são os dois candidatos da coligação ao Senado.
“Não recuei nem desisti. Meu gesto foi em favor da unidade”, disse Pessuti, agora há pouco no diretório estadual do PMDB, onde foi aplaudido de pé quando chegou.
Descartado como candidato a vice-presidente na chapa de José Serra à Presidência da República, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) saiu da casa do senador Sério Guerra (PE), presidente do PSDB, esta manhã, e foi almoçar com um grupo de jornalistas na churrascaria Fogo de Chão. Não esperava encontrar por lá toda a cúpula do DEM, aliados do PSDB que cobraram a substituição do nome dele para vice. O restaurante fica numa rua atrás do hotel onde ocorre a Convenção Nacional do DEM.
Álvaro Dias sentou-se à mesa imediatamente do lado da mesa da cúpula democráta. Ficou de costas para eles e fez a festa dos fotógrafos. Durante a conversa com os jornalistas, Dias afirmou que, até aquele momento, não havia sido informado sobre a decisão, se ele continuaria ou não como indicado a vice. Mas ressaltou que não guardará mágoas.
No final do almoço, a cúpula do DEM saiu em fila e, inevitavelmente, teve que passar pelo senador. Um a um, cumprimentaram Dias: o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), o presidente de honra do partido, Jorge Bornhausen, e os deputados José Carlos Aleluia (BA) e Índio da Costa (RJ), este último o escolhido para ser o vice na chapa de Serra.
A decisão final do PTB do Paraná, culminou no apoio ao tucano Beto Richa (PSDB) na campanha para o Governo do Estado. O apoio dos petebistas foi definido nesta tarde de quarta-feira (30), pela executiva estadual do partido. “O Beto Richa tem o melhor projeto político para o Estado”, justificou o presidente do PTB regional, deputado federal Alex Canziani. “É o nome com melhores condições para levar mais desenvolvimento social e econômico para todas as regiões do Paraná”, concluiu.
O apoio do PTB ao pré-candidato tucano, ex-prefeito de Curitiba, já tinha sido sinalizado na convenção estadual da sigla, realizada dia 14 de junho em Cambé (Norte do Estado). Na ocasião, os convencionais decidiram que as deliberações eleitorais do partido ficariam a cargo da executiva estadual, o que ocorreu hoje.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse nesta quarta, em São Paulo, que o deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ) será o candidato a vice na chapa do presidenciável tucano José Serra.
Maia concedeu entrevista coletiva no início da tarde diante da casa de Serra, em São Paulo. A escolha é resultado de negociações entre integrantes das cúpulas do DEM e do PSDB.
A indicação de um nome do DEM é decorrência da crise que se abriu entre os dois partidos depois que foi tornada pública pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, a informação de que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) era o nome escolhido pelos tucanos.
Rodrigo Maia disse que a opção por Índio da Costa "não foi uma decisão de partido A ou B". Segundo ele, a intenção foi procurar "um nome jovem" - Costa tem 40 anos.
O presidente do DEM afirmou que o deputado tem uma atuação "importante" no Rio de Janeiro e trabalhou "de forma muito correta" no projeto Ficha Limpa, que impede as candidaturas de políticos com condenações judiciais em órgãos colegiados.
"Tenho certeza que é um nome que vai agregar muito nas eleições deste ano", afirmou Maia. Segundo o presidente do DEM, o próprio candidato José Serra concederá uma entrevista coletiva às 17h30 desta quarta em Brasília para falar sobre a escolha do vice.
Perfil
Antonio Pedro de Siqueira Indio da Costa nasceu no Rio em 1970. É bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes, com especialização em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O PDT paranaense confirmou a escolha do Senador Osmar Dias para concorrer ao cargo de governador do estado com o apoio do PT, PMDB, PSC e PCdoB na disputa com Beto Richa (PSDB) e aliados. A definição reforça o palanque de Dilma Roussef (PT) no Paraná. Agora, mesmo que Álvaro Dias, irmão de Osmar, seja confirmado vice do tucano José Serra, não haverá mais recuo na decisão.
Na Gazeta - O senador Osmar Dias (PDT) finalmente tomou sua decisão, ontem: será candidato ao governo do Paraná coligado com o PT. Isso ocorrerá independentemente do irmão de Osmar, o também senador Álvaro Dias (PSDB), ser confirmado ou não como vice do candidato tucano à Presidência, José Serra. Como Osmar dará palanque à presidenciável petista Dilma Rousseff no estado, os dois irmãos poderão estar em lados opostos nas eleições deste ano.
Após anunciar que seria candidato, o pedetista falou rapidamente com a Gazeta do Povo e disse que o povo vai entender sua decisão, que pode levar a uma disputa política em família. Osmar disse ter um projeto para o estado, que já vinha sendo elaborado há muito tempo, bem como Álvaro tem o seu projeto político diferente. E justificou a decisão: “Não posso ficar esperando até depois do dia 30 [hoje, último prazo legal para a definição das candidaturas] para decidir o meu futuro”, disse, fazendo referência à indefinição em torno da vaga de vice de José Serra.
A decisão de Osmar foi tomada após um dia de intensas negociações, que culminou com uma reunião à noite, na sede do PDT paranaense, em Curitiba. Dessa reunião, participaram Osmar, o presidente nacional licenciado do PDT, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, outras lideranças pedetistas e de outros partidos.
Nessa reunião ficou acertado que Osmar será candidato ao governo em uma aliança que inclui o PDT, PMDB, PT, PSC e PCdoB.
Há ainda a possibilidade de o PR (Partido da República) ingressar na chapa nesta quarta-feira, último dia determinado pela Lei Eleitoral para a formação das coligações partidárias para as eleições de outubro. O PR realizou sua convenção estadual no último domingo e delegou à cúpula do partido a definição de uma possível coligação com Osmar ou com o candidato do PSDB ao governo, Beto Richa. A tendência, porém, é que a legenda formalize o apoio ao pedetista, pois as conversas com os tucanos só se iniciaram nesta semana e a primeira opção do PR sempre foi Osmar.
Osmar e Carlos Lupi, após a reunião na sede do PDT, por volta das 22 horas, disseram que iriam à casa do governador Orlando Pessuti (PMDB) para comunicar a decisão. Pessuti havia aceitado abrir mão de sua candidatura ao governo em favor de Osmar, mas cogitava lançar-se à reeleição ao Palácio Iguaçu no caso de o pedetista não sair candidato.
O vice de Osmar será indicado pelo PMDB de Pessuti. Mas o nome não foi definido ontem. Na mesma chapa, os candidatos ao Senado serão o ex-governador Roberto Requião (PMDB) e a petista Gleisi Hoffmann.
Indefinição inédita
A indecisão de Osmar Dias, que se arrastou há meses, é considerada inédita nas últimas décadas de eleições no estado. O impasse envolveu seis das maiores legendas do país: PT, PMDB, PDT, PSDB, DEM e PPS.
Além de PDT, PT e PMDB, que darão sustentação à candidatura de Osmar, a indefinição também se espalhou na formação das alianças do tucano Beto Richa. O PSDB evitou até o último momento definir o vice de Richa na esperança de que poderia contar com Osmar como candidato em sua chapa ao Senado. Nesse caso, a vaga de vice caberia ao PDT.
Ao final de mais uma reunião agora a noite com os articuladores do PDT, PMDB e PT, o senador Osmar Dias teria afirmado que será candidato ao governo do Paraná. Segundo informaram há pouco o deputado federal Brizola Neto e o prefeito de Cascavel Edgar Bueno, ambos do PDT.
A informação foi lançada no Twitter pelo prefeito Edgar Bueno e também no blog de Brizola Neto. Brizola Neto disse em seu blog ter recebido um telefonema do ministro Carlos Lupi que informou ter ouvido do senador Osmar Dias que ele “será o candidato da frente de partidos pró-Dilma ao governo do Paraná, ocorra o que ocorrer com a indicação de seu irmão ao lugar de vice de José Serra”. No entanto, o prazo final se esgota nesta quarta-feira dia 30 até a meia-noite, ou seja, ainda podem haver outras surpresas.
O irmão de Osmar Dias, o tucano Álvaro Dias (PSDB-PR), é o nome preferido dos tucanos para compor a chapa com José Serra (PSDB) para a disputa da Presidência da República, o partido negocia a indicação com o DEM, que deseja ver um nome seu ocupando a vice. Osmar Dias havia se comprometido a apoiar a chapa de Beto Richa (PSDB) no Paraná e disputar a reeleição ao Senado se Álvaro Dias fosse candidato a vice.
Por Layne Santos, Jornalista e Especialista em Mídia e Política Com trechos extraídos da entrevista de Osmar Dias e Álvaro Dias, ao Jornal O Estado de São Paulo, publicado nesta terça-feira (29).
A escolha dos candidatos às vésperas do ínicio das campanhas tem gerado muitas notícias em todas as mídias. Algumas mais especulativas, outras nem tanto.
Os irmãos senadores Álvaro e Osmar Dias, ambos paranaenses estão em maior evidência nos últimos dias, até mais que os próprios presidenciáveis, Dilma, Serra e Marina. No entanto, a mega exposição na imprensa também revela um lado mais controverso dos pré-candidatos. Com declarações que podem vir a perder o seu "valor" de uma hora para outra, se as opiniões partidárias forem mais persuasivas que suas próprias convicções .
É por isso que, em se tratando de política, tudo pode acontecer.
Observemos o que disseram os irmãos Dias, um dia antes do prazo final estipulado pela lei eleitoral, e o que dirão na sequência após a repercussão de suas declarações:
Sobre o momento decisivo de suas carreiras políticas em mais um pleito.
"Ao Osmar Dias
Estadão - Essa definição sai quando?
Osmar Dias - Eu acho que depois dessa reunião vou ter como definir.
Estadão – Pode-se esperar alguma coisa para amanhã (hoje)?
Osmar Dias – Tem que haver. Tem que decidir porque não se aguenta mais isso. Eu, principalmente, estou desgastado demais com esse troço.
Estadão – O sr. sentiu-se encurralado com a indicação de Álvaro Dias como vice na chapa de Serra?
Osmar Dias – Nós temos um pacto de não disputar um contra o outro. Acho que a população não entenderia isso. Agora, eu já vinha como candidato a governador, estava com a aliança pronta, para anunciar, quando surgiu isso. Eu não tinha conseguido uma aliança, de repente ela apareceu na segunda-feira em Brasília, na terça e quarta nós fechamos, na quinta veio a notícia e aí embaralhou tudo.
Ao Álvaro Dias:
Estadão - O senador Osmar Dias, seu irmão, vai retirar a candidatura ao governo do Paraná?
Álvaro Dias – Se a minha candidatura como vice-presidente for homologada, não há como nós dois nos confrontarmos. Ele anunciou que sairá candidato ao Senado. Ele avalia que o projeto nacional é prioritário. Se eventualmente no dia 30 a minha candidatura não for homologada, ele será candidato ao governo do Paraná. Para a homologação do meu nome como vice, só falta o DEM concordar. Quando isso ocorrer, eu vou ser anunciado oficialmente.
Estadão – Essa vinculação entre sua indicação a vice-presidente e a retirada da candidatura de seu irmão ao governo paranaense não é chantagem?
Álvaro Dias – Não existe essa vinculação. O senador Sérgio Guerra (presidente nacional do PSDB) deixou isso muito claro. Não era uma decisão do Paraná e sim uma decisão nacional. Não há essa vinculação. Nem eles colocaram isso como exigência, nem isso foi recebido de nossa parte dessa forma. Sempre estivemos juntos".
Aguardemos as próximas horas...
Um homem, armado com revólver, invadiu uma sala de aula da Faculdade Ingá (Uningá), em Maringá, no início da noite desta segunda-feira (28), e efetuou disparos contra um estudante do curso de Fisioterapia. Alexsandro Aparecido Augusto, de 27 anos, seria colega de classe da esposa do agressor, que teria residência no distrito de Iguatemi.
Augusto foi socorrido pelo Siate e levado ao Hospital Santa Rita, onde está internado, em situação estável, sem risco de morte. Os bombeiros que atenderam a ocorrência confirmaram que o universitário foi ferido a coronhadas. O agressor fugiu e está sendo procurado pela polícia.
O incidente aconteceu por volta das 19h15 em uma sala do curso de Fisioterapia, onde cerca de 40 acadêmicos acompanhavam uma aula de Fisiologia. De revólver em punho, o homem invadiu a sala e rendeu um dos alunos.
Após ordenar que professor e alunos permanecessem na parte dos fundos da sala, o homem exigiu que a vítima ficasse de joelhos e passou a ameaçá-la. Temendo ser morto, o aluno reagiu e entrou em luta corporal com o agressor, que teria acionado o gatilho pelo menos cinco vezes. No entanto, apenas dois tiros teriam sido disparados.
Ainda de acordo com os acadêmicos, o professor (identificado como Marco Antônio) teria se atracado com o agressor, tentando desarmá-lo. Nesse ponto as informações ficam confusas, com parte das testemunhas afirmando que o professor teria conseguido tomar a arma enquanto outra parte desmentia a informação.
Algumas das testemunhas disseram ter visto o agressor deixando a faculdade em seguida, puxando uma acadêmica pelo braço.
Ciúme
A Polícia Militar (PM) chegou à faculdade em questão de minutos, mas o agressor não foi encontrado. Alunos disseram que ele seria marido de uma acadêmica de Fisioterapia e teria agido movido por ciúmes.
"Foi a segunda vez que ele (agressor) invade a faculdade para agredir um aluno. Na primeira vez, há pouco mais de um mês, ele acabou apanhando", contou uma estudante de Fisioterapia, que pediu para não ser identificada.
A situação causou pânico entre alunos e funcionários da instituição. Impedida de adentrar na faculdade, a imprensa acompanhou do lado de fora os trabalhos dos bombeiros e da polícia, que diz já ter identificado o autor dos disparos. Num primeiro momento, a direção da faculdade se recusou a conversar com os jornalistas.
Versões desencontradas
Calendário para pagamentos do Abono Salarial e dos Rendimentos do PIS - Exercício 2009 / 2010 | ||
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Agosto | 19 / 08 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Setembro | 26 / 08 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Outubro | 10 / 09 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Novembro | 15 / 09 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
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Janeiro | 08 / 10 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Fevereiro | 15 / 10 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Março | 22/ 10 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Abril | 11 / 11 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Maio | 18 / 11 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Junho | 25 / 11 / 2009 | 30 / 06 / 2010 |
Período de pagamento: 14 de julho de 2009 a 30 de junho de 2010.
Pagamento nas Empresas: 14 de julho até 08 de setembro de 2009.
Maiores informações, ligue gratuitamente: 0800 726 01 01Anunciado na última sexta-feira, 25, como candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) procurou demonstrar otimismo nas negociações com o DEM, o principal partido aliado do PSDB nas eleições presidenciais. O nome do senador paranaense desagradou a direção do DEM, que contava com a indicação de um representante do partido à vice de Serra.
PDT adia decisão sobre alianças no Paraná
Em entrevista à radio CBN de Curitiba, Dias disse ser legítima a reivindicação dos aliados, mas defendeu a decisão do PSDB em anunciar seu nome. “É democrático, é legítimo e é justo que os democratas postulem a vice. Até porque já a ocuparam – duas vezes com o Fernando Henrique e uma vez com Geraldo Alckmin”, lembrou o senador. Ele destacou, entretanto, que sua escolha como vice de Serra foi uma decisão consensual no partido. “Trata-se de uma decisão amadurecida, houve uma consulta nacional através de pesquisa”, disse.
“Mas é certo que existem ponderações de lado a lado, essas ponderações estão sendo avaliadas e, certamente, nós teremos um entendimento com o DEM rapidamente. Antes de quarta-feira, provavelmente, isto estará resolvido”, completou.
Álvaro Dias defendeu ainda a importância do Paraná no quadro eleitoral nacional. “O Paraná tem peso, é um estado importante, tem mais de 7,5 milhões de eleitores. Pode ser decisivo na eleição”, argumentou. “O Paraná, unido, certamente fará a diferença”, acrescentou.
Questionado sobre as negociações com seu irmão, o também senador Osmar Dias (PDT-PR), Álvaro Dias garantiu que haverá entendimento. “Obviamente todos sabem das minhas relações fraternais, além de sangue, das minhas relações políticas com o Osmar. Nós dois sempre estivemos juntos, embora em partidos diferentes”, disse. “Obviamente é isso que se calcula. Que estaremos juntos novamente. E como o projeto nacional é prioritário, certamente o Osmar estará conosco.”
A definição do palanque paranaense será decidida na quarta-feira, último dia do prazo para a oficialização das alianças perante à Justiça Eleitoral. Cotado para ser candidato a governador do Paraná em uma chapa apoiada pelo PT, Osmar Dias fica em posição desconfortável diante da escolha de Álvaro Dias para a vice de Serra.
Pesquisa é ‘fato’
Álvaro Dias classificou ainda a última pesquisa CNI/Ibope, que deu vantagem à petista Dilma Rousseff, como “um fato” consumado. “Eu não sou daqueles que detonam as pesquisas desfavoráveis. Acho que temos que aprender com as pesquisas de opinião pública sempre, e respeitá-las”, disse. “Agora, o fato mais importante é que temos tempo, que tudo está por ser feito, que a campanha não começou e que temos o melhor candidato”, completou.
A ata da convenção peemedebista ficará aberta. Caberá à executiva do partido celebrar as coligações finais.
Nos bastidores - O presidente estadual do partido, Ênio Verri (PT), disse que foi informado pelo deputado estadual Augustinho Zucchi (PDT) e pelo deputado Waldir Pugliesi (PMDB) que Osmar Dias (PDT) disputaria a reeleição como senador. Verri, afirmou que com base nestas informações, a convenção petista deste domingo decidirá entre a candidatura própria ao governo de Nedson Michelleti e o apoio a Pessuti. "Acho difícil que fuja disso, como também acredito que tudo se definirá neste domingo", disse ele.
Nos bastidores - A assessoria de imprensa do governador Orlando Pessuti (PMDB) chegou a anunciar entrevista coletiva para a declaração de candidatura dele ao governo do Estado no final da tarde de ontem (26), mas minutos antes, ele seguiu para uma segunda reunião com Osmar Dias (PDT). Na volta ao diretório estadual do PMDB, Pessuti reiniciou as conversas com a executiva e deputados peemedebistas. Segundo informações, na madrugada deste domingo, ainda houveram conversações via telefone entre os articuladores, e as decisões finais, ou perto disso, ficaram para este domingo.
Ao fim de uma semana de negociações, que começaram em Brasília e continuaram em Curitiba, o PMDB, o PT e PDT não conseguiram chegar a um acordo para compartilhar o mesmo palanque na disputa ao governo do Estado e à presidência da República.
O governador Orlando Pessuti (PMDB) deve ser candidato à reeleição e o senador Osmar Dias (PDT) deve concorrer ao Senado, em chapa avulsa. Nesse caso, o PT terá que decidir hoje, na convenção, se apoia Pessuti ou se lança um candidato próprio ao governo. A posição foi definida depois de várias rodadas de negociações que se prolongaram até as 19 horas de ontem. O veredito foi dado durante uma conversa entre Osmar e Pessuti na casa do senador pedetista. Num contato telefônico pelo sistema viva-voz, o senador Álvaro Dias (PSDB) garantiu que será o candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador José Serra (PSDB). Essa informação selou o destino do senador Osmar Dias. Ele havia avisado que não poderia disputar a eleição numa coligação que terá como candidata a principal adversária de Serra, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT). Para Osmar, irmãos não podem ser adversários políticos.
Até chegar ao desenho da candidatura própria do PMDB ao governo, foram várias reuniões extenuantes. A conversa entre Pessuti e Osmar começou por volta do meio-dia, com a participação dos presidentes estaduais do PDT, Augustinho Zucchi, e do PMDB, Waldyr Pugliesi. Osmar entrou na sala do governador como candidato ao governo. Duas horas depois, a reunião foi suspensa e já não havia mais a certeza da candidatura. Novamente, o fator Álvaro Dias havia entrado em cena. Por volta das dezoito horas, Pessuti convocou uma entrevista coletiva para anunciar a candidatura. Quinze minutos depois, a entrevista, que nem começou, foi suspensa para que o peemedebista se reunisse mais uma vez com Osmar para saber se ainda havia uma chance de composição. Foi então que veio o telefonema de Álvaro, garantindo que estará no palanque de Serra na condição de candidato a vice-presidente.
O senador Álvaro Dias, do PSDB, foi aclamado há pouco em Cuiabá na convenção estadual do PSDB como candidato à vice presidente da República na chapa de José Serra.
Álvaro afirmou que as resistências do DEM ao seu nome estão sendo vencidas pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e que ele se considera candidato.
“Tenho certeza que vai prevalecer o projeto nacional”, disse Álvaro Dias, sem, no entanto, explicar como haverá um convencimento do DEM em relação ao seu nome. “Isso está sendo trabalhado pelo (senador) Sérgio Guerra”.
Pela manhã, ele conversou por telefone com Guerra (PE), presidente do PSDB e coordenador da campanha de Serra. Dias afirma que ainda não há reunião marcada entre os líderes do partido para discutir a crise deflagrada ontem, a partir de declarações duras de dirigentes e líderes do Democratas.
Álvaro Dias eximiu de responsabilidade o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB, que anunciou via Twitter, durante o jogo da seleção brasileira, que o senador seria o vice de José Serra. Àquela altura, Sérgio Guerra ainda não havia apresentado formalmente o nome de Dias ao comando do DEM.
“Não dá para culpar o Roberto. Isso (a crise) foi motivado pela defesa de uma tese, que é a participação do DEM na chapa, o que eu acho legítimo”, afirmou.
O senador se considera a melhor opção como vice de Serra. “É normal que o DEM aspire à posição. É legítimo, mas sempre vai prevalecer a vontade da maioria. Até onde eu sei há um aval positivo dos nossos aliados. O DEM é um partido da base e imprescindível ao nosso projeto”, ponderou. “É claro que sou mais um dos coadjuvantes a apoiar o Serra, que lidera um projeto de Nação, com seu talento, competência, experiência e visão estratégica de um futuro com responsabilidade”, completou.
Paraná
A escolha do nome de Álvaro Dias facilita o apoio do PDT do Paraná à candidatura de Serra e surge dois dias depois do resultado de pesquisa Ibope em que a candidata do PT, Dilma Rousseff, aparece na liderança da corrida presidencial pela primeira vez. Ela tem 40% e Serra, 35%
A confirmação de Álvaro na vice de Serra deve cancelar a candidatura de seu irmão, o senador Osmar Dias (PDT), ao governo do Paraná. Os irmãos Dias sempre disseram que não seriam adversários nas urnas.
Sem Osmar na briga, o Palácio Iguaçu fica de portas abertas para o candidato tucano Beto Richa (PSDB), que não deve enfrentar dificuldades para se eleger governador já no 1º turno.
Em entrevista a O Estado, o senador Álvaro Dias disse que consultou Osmar Dias sobre a convite para ser o vice de Serra. “Conversei com ele, estamos sempre juntos. Liguei para ele pela manhã, antes de aceitar a convocação. Ele me disse que é irrevogável, que não havia como recusar. Pois é a primeira vez que o Paraná tem a possibilidade de eleger um vice-presidente”, disse Álvaro.
Sobre as implicações que sua indicação para vice pode ter na candidatura do irmão ao governo do Paraná, Álvaro deixou Osmar à vontade. “Sempre dei a ele total apoio e a candidatura dele ao governo, a palavra é dele, ele que vai decidir. Se for a vontade dele é irrevogável também”, disse o senador.
Álvaro confirmou que seu nome foi anunciado pelo partido, que já consultou e teve a aprovação do PPS e do PTB. Para que seu nome seja confirmado, falta convencer o DEM.
“Eles têm legitimidade para reivindicar a posição, pois historicamente sempre estiveram com o PSDB indicando o vice. Mas é uma questão de conversarmos”, disse Álvaro, que aposta que, quando José Serra tomar frente da articulação, convence o DEM. “O prazo é até quarta-feira, mas podemos definir isso no final de semana”, disse.
O governador Orlando Pessuti (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT) se reuniram ontem à tarde para arrematar os termos da aliança com o PT para o governo do Estado, mas continuam reféns da definição da candidatura a vice-presidente da República na chapa do ex-governador José Serra (PSDB).
Ontem, as direções estaduais dos dois partidos voltaram a discutir a formação da chapa de candidatos à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Embora haja resistências no PT do Paraná à coligação com o PMDB na disputa proporcional, se houver a aliança com o PDT, as direções nacionais já determinaram que a chapa deve ser única, como exige o PMDB.
"O PSDB sugeriu hoje o nome do senador Álvaro Dias como candidato à vice presidente na chapa de José Serra. Álvaro é um Senador de grande coerência e capacidade. Ele ajuda a dignificar o Parlamento brasileiro. Sua indicação está sendo apreciada por líderes e presidentes dos partidos coligados".
Senador Sérgio Guerra
Presidente Nacional do PSDB
Se for confirmada a indicação do Senador Álvaro Dias (PSDB) na vice de José Serra (PSDB), o cenário político no Paraná terá mudanças. A candidatura de seu irmão, senador Osmar Dias (PDT), ao governo do estado, poderá não acontecer.
Os irmãos Dias sempre disseram que não seriam adversários nas urnas. Será?
Senador tucano afirmou, no entanto, que isso depende de partidos aliados. Segundo ele, PPS e PTB já foram consultados; falta confirmação do DEM.
O senador paranaense Álvaro Dias (PSDB) deve mesmo ser o candidato a vice do tucano José Serra na chapa para a Presidência da República. A decisão deve mudar o cenário da disputa ao governo do Paraná. Em entrevista ao site G1, Dias confirmou ter sido “convocado” pelo partido.
“Há uma convocação. Foi dessa forma que o fato me foi transmitido hoje em São Paulo. Aceito sim, não vou fugir da responsabilidade. É uma honra”, afirmou Álvaro Dias ao desembarcar em Mato Grosso, onde participará da convenção estadual do PSDB neste sábado (26).
O senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, reafirmou hoje (25) a importância da candidatura de Beto Richa para a campanha de José Serra à Presidência. “O Paraná tem uma importância estratégica na eleição presidencial”, disse Guerra. “Como Beto Richa lidera as pesquisas de forma consistente, sua candidatura indica a possibilidade concreta de o PSDB conquistar o governo de um Estado de grande importância no cenário político e econômico do País.”
Richa é um candidato afinado com Serra e com a direção nacional do partido, disse Guerra. “Não apenas pela identidade política e ideológica, mas também pela amizade pessoal que nos une a Beto Richa, cujo sobrenome honra as melhores tradições do PSDB.” Guerra lembrou, a propósito, que José Richa, pai de Beto, foi um dos fundadores do PSDB, ao lado de Franco Montoro, Mário Covas e outras lideranças.
Fontes ligadas ao senador Osmar Dias informaram que ele decidiu transferir o anúncio de sua candidatura ao governo para a semana que vem. Osmar aguarda decisão sobre a vice de José Serra para o irmão Álvaro e também a convenção do PMDB, que deve rachar ao meio no debate sobre aliança com o PDT e o PT.
Nem os políticos do grupo de Osmar suportam tamanha indecisão.