terça-feira, 22 de junho de 2010

A última proposta

Por Fábio Campana do Paraná Online

O senador Osmar Dias chega à reta final das negociações da aliança para disputar o governo do estado sem conseguir alcançar as condições mínimas, que ele mesmo estabeleceu, para entrar na disputa. A aliança exigida com os partidos da base aliada do PT, a essa altura se resume ao possível apoio do PMDB, que ainda depende da desistência do governador Orlando Pessuti.

A oferta de levar o PMDB a apoiá-lo foi discutida com Osmar ontem, em reunião com o presidente do PMDB, Michel Temer, com o do PT José Eduardo Dutra, do PDT, Carlos Lupi, o próprio Orlando Pessuti, o ministro Paulo Bernardo e Lula. O senador tem consciência que se o apoio do PMDB vier, não virá por inteiro. Osmar tem a lamentar ainda que as discussões em torno da aliança PDT com o PT no Paraná não tenham sequer avançado até o ponto alcançado pela aliança entre o PMDB e o PT em Minas Gerais.

No Paraná a aliança do PMDB com o PDT, se ocorrer, será um meio apoio, porque setores de peso do partido já anunciaram que vão apoiar Beto Richa, do PSDB, independente da costura que vier a ser feita pela cúpula da legenda em Brasília. É o caso dos deputados peemedebistas Luis Claudio Romanelli e Alexandre Curi, por exemplo. A adesão do ex-governador Requião a candidatura do PDT ao governo é outro problema. Ela só deve durar até o momento em que existir a certeza de que Osmar está fora do páreo do Senado. Depois de eliminar o concorrente, Requião, como sempre faz, vai avaliar o caminho que lhe é mais favorável e vai seguir por ele. Requião não descarta a carreira solo, como fez em 1994, quando abandonou Álvaro Dias, que disputava o governo. Requião se elegeu senador com votação recorde e Álvaro foi derrotado.

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