terça-feira, 29 de junho de 2010

O Discurso - parte I

Por Layne Santos, Jornalista e Especialista em Mídia e Política Com trechos extraídos da entrevista de Osmar Dias e Álvaro Dias, ao Jornal O Estado de São Paulo, publicado nesta terça-feira (29).

A escolha dos candidatos às vésperas do ínicio das campanhas tem gerado muitas notícias em todas as mídias. Algumas mais especulativas, outras nem tanto.

Os irmãos senadores Álvaro e Osmar Dias, ambos paranaenses estão em maior evidência nos últimos dias, até mais que os próprios presidenciáveis, Dilma, Serra e Marina. No entanto, a mega exposição na imprensa também revela um lado mais controverso dos pré-candidatos. Com declarações que podem vir a perder o seu "valor" de uma hora para outra, se as opiniões partidárias forem mais persuasivas que suas próprias convicções .

É por isso que, em se tratando de política, tudo pode acontecer.

Observemos o que disseram os irmãos Dias, um dia antes do prazo final estipulado pela lei eleitoral, e o que dirão na sequência após a repercussão de suas declarações:

Sobre o momento decisivo de suas carreiras políticas em mais um pleito.

"Ao Osmar Dias

Estadão - Essa definição sai quando?

Osmar Dias - Eu acho que depois dessa reunião vou ter como definir.
Estadão – Pode-se esperar alguma coisa para amanhã (hoje)?
Osmar Dias – Tem que haver. Tem que decidir porque não se aguenta mais isso. Eu, principalmente, estou desgastado demais com esse troço.

Estadão – O sr. sentiu-se encurralado com a indicação de Álvaro Dias como vice na chapa de Serra?

Osmar Dias – Nós temos um pacto de não disputar um contra o outro. Acho que a população não entenderia isso. Agora, eu já vinha como candidato a governador, estava com a aliança pronta, para anunciar, quando surgiu isso. Eu não tinha conseguido uma aliança, de repente ela apareceu na segunda-feira em Brasília, na terça e quarta nós fechamos, na quinta veio a notícia e aí embaralhou tudo.

Ao Álvaro Dias:

Estadão - O senador Osmar Dias, seu irmão, vai retirar a candidatura ao governo do Paraná?

Álvaro Dias – Se a minha candidatura como vice-presidente for homologada, não há como nós dois nos confrontarmos. Ele anunciou que sairá candidato ao Senado. Ele avalia que o projeto nacional é prioritário. Se eventualmente no dia 30 a minha candidatura não for homologada, ele será candidato ao governo do Paraná. Para a homologação do meu nome como vice, só falta o DEM concordar. Quando isso ocorrer, eu vou ser anunciado oficialmente.

Estadão – Essa vinculação entre sua indicação a vice-presidente e a retirada da candidatura de seu irmão ao governo paranaense não é chantagem?

Álvaro Dias – Não existe essa vinculação. O senador Sérgio Guerra (presidente nacional do PSDB) deixou isso muito claro. Não era uma decisão do Paraná e sim uma decisão nacional. Não há essa vinculação. Nem eles colocaram isso como exigência, nem isso foi recebido de nossa parte dessa forma. Sempre estivemos juntos".

Aguardemos as próximas horas...

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