quinta-feira, 24 de junho de 2010

Osmar pode definir seu futuro político hoje

Com informações de Elizabete Castro e Roger Pereira. Foto de Anderson Tozato (Paraná Online)

O senador Osmar Dias (PDT) deve anunciar hoje, em Curitiba, numa entrevista coletiva, se será candidato ao Senado ou ao governo do Estado. Até às 20 horas de ontem à noite, a tendência apontada por alguns dos seus interlocutores mais freqüentes dos últimos dias era que o pedetista teria, finalmente, concordado em ser o candidato único da base do presidente Lula (PT) ao governo do Paraná, após três dias de conversações em Brasília.

Osmar continuava em Brasília, ontem à noite, mas chega hoje à cidade. Diante da inconstância das informações sobre o rumo das negociações mantidas em Brasília, durante a semana, nenhuma das lideranças dos partidos envolvidos, o PDT, PMDB e PT, foi categórica sobre o destino do senador.

“Toda e qualquer pergunta que você tenha a fazer sobre a decisão do Osmar Dias, faça diretamente a ele”, disse o presidente estadual do PT, Ênio Verri. Mais diplomático, o presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, afirmou que as sinalizações eram para um acordo envolvendo os três partidos, mas que não havia nada oficial e nem definitivo.

O governador Orlando Pessuti (PMDB) também optou pelo silêncio em relação ao tema. Ontem à tarde, quando recebeu prefeitos no Palácio das Araucárias, disse que não faria mais comentários sobre a sucessão estadual até o final de semana. O PMDB marcou sua convenção para o próximo domingo, assim como o PT.

Nos bastidores, porém, a expectativa da opção pela candidatura própria ao governo ao invés da candidatura ao Senado se fundamentava numa análise até simples.

Se a direção nacional do PDT vetou a coligação de Osmar com o PSDB, em que disputaria o Senado, ele não teria outro caminho a não ser concorrer ao governo. Isto porque uma candidatura independente ao Senado beneficiaria apenas a ele e ao candidato do PSDB ao governo, Beto Richa.

Osmar teria chances de se eleger com o apoio velado dos tucanos e Beto estaria livre de um adversário de peso. Porém, o PDT correria sérios riscos de sair das urnas do dia 3 de outubro sem nenhum deputado estadual ou federal do Paraná.

A especulação que ganhou força durante o dia de ontem foi a tese de que Osmar estaria aguardando a definição do PSDB sobre o vice de José Serra na corrida presidencial.

Com o nome de Álvaro Dias ganhando força para a vaga, Osmar teria segurado sua decisão para não passar pela situação de ser adversário do próprio irmão, caso coligue com o PT.

O portal Terra chegou a noticiar, na tarde de ontem, uma conversa entre Álvaro e o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, em que a condição para sua indicação a vice seria a desistência de Osmar disputar o governo.

Álvaro que não quis comentar a situação, “não posso fazer nenhuma avaliação pessoal. No momento, é melhor o silêncio”, disse, via twitter que não foi convidado para a vice de Serra.

O presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, que não confirmou a realização da coletiva hoje, declarou que é a questão do vice de Serra que está impedindo a definição.

“A situação do Álvaro é que está deixando pendente. Se ele for o vice, muda tudo, são novas conjunturas”, disse Zucchi, que ontem encontrou-se com o ex-governador Roberto Requião (PMDB).

Nenhum comentário:

Postar um comentário