RESULTADOS DO APRENDIZADO
Para o Ricardo Barros que, como o irmão, hoje prefeito Silvio Barros, já foi aprendiz em todos os setores da Prefeitura de Maringá, é preciso formatar políticas que permitam, como ocorria nas antigas guardas mirins, que criança tenha uma vida com tempo para brincar, estudar, mas também para o necessário aprendizado profissional, obrigações que a insiram e identifiquem na sociedade como um membro aprendiz ativo.
Baseado na própria experiência familiar, política e nas constatações feitas pessoalmente em todos os municípios paranaenses, Ricardo diz que está propondo “uma alteração no Estatuto da Criança e do Adolescente para permitir que os jovens de 14 anos possam trabalhar meio período”. Defende que esse é um caminho para tirar os jovens e adolescentes das ruas, dando a eles as oportunidades que esperam e precisam para um futuro promissor: “Aqueles que estudam meio período poderão trabalhar no outro turno para que tenham uma renda e já uma profissionalização”.
ALTERNATIVA VIÁVEL
O deputado explica que sua proposta é uma alternativa atual viável porque outra solução pretendida, a da implantação imediata das escolas de ensino integral, está inviabilizada pela falta de recursos municipais onde as prefeituras já batem no limite dos gastos (50%) com folha de pagamento. Então, segundo as discussões nas reuniões da Caravana, um caminho seria o de abrir empresas, prefeituras e órgão públicos para oferecer estágios para os jovens e adolescentes que teriam oportunidade de aprender um oficio. “Os jovens estarão ocupados, com afazeres que darão a profissionalização para entrada no mercado de trabalho, pois o maior problema é que eles estão chegando à idade de iniciar no mercado de trabalho sem qualificação exigida”.
O parlamentar também cita, como reforço para a necessidade de atender a juventude, os novos IFETs – Institutos Federais de Ensino Tecnológico: “O governo federal está inaugurando oito unidades no Paraná. Mas ainda é uma iniciativa muito localizada. Nossa iniciativa de permitir o trabalho profissionalizante a partir de 14 anos, com os necessários cuidados para evitar a exploração dos jovens, pode produzir os resultados esperados mais rapidamente em benefício de toda a sociedade”, conclui Ricardo Barros.